Olá a todos,
Depois de um mês e meio aqui na Itália, algumas pessoas me perguntam o que eu faço por aqui e resolvi explicar definitivamente de uma maneira bem simples.
Eu estou morando em uma cidade chamada Grottaferrata, na província de Roma, bem perto da Cidade de Roma, cerca de 20 minutos.
Participo de um movimento da igreja católico chamado “Movimento dos focolares” (www.focolare.org). Já participo desse movimento desde que eu tinha 20 anos e o conheço desde os 11. Foi um movimento fundado por Chiara Lubich, uma italiana, na segunda guerra mundial. O movimento dos focolares, pra quem não o conhece, tem por princípio a unidade, vivendo as palavras do evangelho.
O movimento tem vários setores e um desses é o dos jovens de qual faço parte. Esses jovens são a nova geração do movimento que se seguiu depois daqueles que o viveram no inicio. Nós os jovens, somos a segunda geração, a geração nova, somos chamados de “gen”. Esses “gen” estão espalhados por todo o mundo, inclusive no Brasil, no Rio de Janeiro, em Niterói, em muitas cidades do nosso país.
A sede do movimento é aqui na Itália, em uma cidade aqui do lado chamada Rocca di Papa. E eu estou no centro gen mundial, que é o lugar de referência pra todos os gen do mundo. E como aqui é o lugar central, jovens como eu nos oferecemos pra vir trabalhar voluntariamente pelos gen de todo o mundo e foi isso que eu resolvi fazer aqui. Não vim virar padre, não vim rezar num monastério, nada disso. Vivo uma vida normal, diferente da minha em Niterói porque é uma cultura diferente, estou aprendendo cada dia mais como funcionam as coisas aqui, mas é uma vida normal.
Deixei a oportunidade de um bom emprego, minha família, amigos, namorada, pra vir pra cá. Isso pode parecer loucura pra muita gente, mas nada mais é que uma escolha. Não tenho pressa e sei que, como diz minha mãe, o que é meu tá guardado.
Estou aqui pra me doar pelos outros, pra pessoas que nem conheço como em um trabalho voluntário. E a cada dia me faz bastante feliz, mesmo quando acontecem coisas que nos deixam tristes tem sempre alguém que podemos contar por aqui. Tem aquela hora que a saudade de quem a gente deixa bate mais forte, porém é muito legal como todos dividimos as nossas dores também.
Além de mim do Rio tem o Rafael (que até janeiro de 2012) de Porto Alegre e o Erwin da Colômbia (que fica até Julho desse ano). Eu fico até Agosto.
Bem, é isso gente. Quem ficar curioso e quiser saber mais pode me perguntar.
Um forte Abraço,
Leandro Machado.
